top of page

Origem do Dia do Trabalho

  • Foto do escritor: Demetrius Silva Matos
    Demetrius Silva Matos
  • 1 de mai. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de mai. de 2022





Você conhece a origem do 1º de maio (dia do trabalho)?


Tudo começou no dia 1º de maio de 1886, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, quando aproximadamente 30.000 trabalhadores fizeram uma manifestação pela redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, no Haymarket Square. A manifestação durou até o dia 4, quando uma bomba estourou na praça, matando um policial e ferindo 8, o que ocasionou uma cruel repressão, que matou dezenas de operários e capturou muitos outros.


O julgamento que se sucedeu foi completamente forjado para incriminar os manifestantes.
Dos 8 condenados à morte: três (Michael Schwab; Oscar William Neebe e Samuel Fieden) tiveram a pena comutada (aos não-juristas, trocada) para prisão; os outros quatro (Albert Richard Parsons; Algust Vincent Theodore Síes; Georg Engel e Adolph Fischer) foram para a forca cantando a Marselhesa, o hino da França. O último, Louis Lingg, não quis dar as autoridades o prazer de enforcá-lo e se suicidou com um pequeno explosivo na boca um dia antes da execução.

O massacre de Chicago e o martírio dos 4 operários executados causaram forte impacto na Europa, motivando a ação da Internacional Socialista (a maior organização internacional pelos direitos dos trabalhadores da época) que lançou uma campanha global pela jornada de 8 horas diárias, e celebrou o primeiro de maio como data de protesto em homenagem aos eventos de Chicago.


Posteriormente, converteu-se em um feriado comemorado em quase todo o mundo.


Seis anos depois, em 6 de junho de 1893, o governador de Illinois (Estado que pertence Chicago), John Altgeld, reconheceu que os condenados à morte eram inocentes, perdoando-os (um pouco tarde para o perdão estatal...). Em 1894, se recusou a reprimir uma greve na rede ferroviária Pullman, como uma forma de tentar honrar os mártires de Chicago.


Devemos lembrar que, os direitos sociais são construídos com a organização coletiva da sociedade.


No Brasil, aproveitando a data formada em torno do dia 1º de maio, Getúlio Vargas, algoz da República Velha e iniciador do que seria conhecido por Estado Novo, em 1937, foi o primeiro presidente da República a outorgar uma legislação trabalhista.


A ideia era persuadir as classes trabalhadoras do Brasil a apoiar seu governo e evitar a possibilidade dos trabalhadores escolhessem um “outro rumo” (lembrando que, há poucos anos atrás, o Brasil havia passado por “um evento” chamado Intentona Comunista).


Na visão de Vargas, o Brasil se tornaria uma grande potência, e para isso era necessário “apaziguar” as classes populares de modo a que estas não estorvassem esse plano.


Para além das Leis trabalhistas, como a própria CLT, sancionada em 1º de maio de 1943, Vargas também criou os sindicatos para que os trabalhadores os assumissem na luta por seus direitos, o que tornou o Brasil um dos poucos, se não o único País, no qual os sindicatos não foram criados pela organização dos trabalhadores, mas sim “presenteado” pelo governo. Tais medidas deram a Vargas o título de “Pai dos pobres”, apesar de sua aproximação com setores conservadores da sociedade brasileira da época.





Por DEMETRIUS SILVA MATOS

Advogado OAB/MA

Pós Graduado em Ciências Políticas pela Uninter

Autor do livro: "Direito na Ditadura - o uso das leis e do direito durante a ditadura militar"


Comments


bg rodape.png

Contato

E-mail:

Seguir:

  • Ícone do Facebook Branco

Receba nossas atualizações

Obrigado pelo envio!

Desenvolvido por DNA Criativo

bottom of page